quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Amigos que amam acima das circunstâncias

Marcos 2:1-12

1 - E ALGUNS dias depois, entrou outra vez em Cafarnaum, e soube-se que estava em casa.
2 - E logo se ajuntaram tantos, que nem ainda nos lugares junto à porta cabiam; e anunciava-lhes a palavra.
3 - E vieram ter com ele conduzindo um paralítico, trazido por quatro.
4 - E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava, e, fazendo um buraco, baixaram o leito em que jazia o paralítico.
5 - E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados.
6 - E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seus corações, dizendo:
7 - Por que diz este, assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?
8 - E Jesus, conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si, lhes disse: Por que arrazoais sobre estas coisas em vossos corações?
9 - Qual é mais fácil dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados; ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda?
10 - Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico),
11 - A ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa.
12 - E levantou-se e, tomando logo o leito, saiu em presença de todos, de sorte que todos se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos.

Acho lindas todas as histórias de milagres de Jesus, relatadas na Bíblia Sagrada. Mas há uma história, em particular, que me fascina. Não porque seja um milagre maior do que os outros, todos os milagres de Deus simplesmente não têm tamanho, nem explicação, e por isso, o nome milagre. Marcos capítulo 2, traz a história de um paralítico e quatro amigos. Os amigos carregaram um paralítico até à presença de Jesus. Mais do que uma história de milagres, essa é uma história de relacionamentos, de amizade e compromisso.
Então me pergunto: Como estão meus relacionamentos? Até que ponto estou realmente comprometido nos meus relacionamentos? O que tenho feito pelos meus amigos? E quando sou eu que estou na condição do paralítico, precisando de ajuda, qual é a minha reação? Gratidão e respeito, ou amargura e ressentimento?

Eu creio que esse homem era alguém realmente especial. Fico imaginando seus amigos falando com ele: “Olha, nós ouvimos falar de um homem chamado Jesus, ele está fazendo vários milagres. Tem surdo ouvindo, mudos falando, cegos enxergando. Acredita que Ele está até ressuscitando os mortos? É demais o que está acontecendo. Nós temos que levar você até Ele.” Talvez o paralítico responda: “Eu não tenho como chegar lá.” Os amigos respondem: “Nós vamos carregar você.” Paralítico diz: “Gente, mas eu sou pesado, não quero ser um fardo pra vocês.” Os amigos finalmente dizem: “Nós somos seus amigos, carregar você até Jesus pra que seja curado, não é nada”.
Quando finalmente, eles chegam à casa onde Jesus está, encontram outro problema. Eu não sei o quanto eles caminharam até estar ali. Deveriam estar cansados, ofegantes, e agora, a casa está tão lotada que não tem como chegar perto de Jesus e lhe apresentar seu amigo. Estão tão perto, caminharam tanto pra chegar ali, e agora, vão voltar pra casa sem receber o que foram buscar. Mas, estão tão pertinho da benção! Eles poderia ter dito para o seu amigo paralítico: “Desculpa aí, você viu que a gente tentou, queria te ajudar, mas não deu, né? Fazer o que? Ao menos, nós tentamos.” E voltariam pra casa com a consciência limpa, mãos lavadas porque fizeram o melhor que podiam.  Mas, não foi o que eles fizeram. Eles estavam determinados a encontrar uma solução. Esses amigos são aqueles do tipo solucionadores de problemas.  É bom estar com pessoas assim, elas veem as dificuldades, mas não se dobram. Eles decidem transpor as dificuldades. Nada poderia impedi-los de receber a benção.  Eles sobem pelo telhado, puxando o paralítico, removem o telhado do lugar, e baixam o paralítico até onde Jesus está.

Diz a Bíblia que Jesus viu a fé que eles tinham e, por isso curou os paralíticos. É fácil crer quando a solução está fácil de ser alcançada. Porém a fé te leva a decisões e atitudes que transpõem qualquer dificuldade. Não importava se eles tinham que carrega-lo ou não.  Eles estavam dispostos a tudo para desfrutar a companhia desse amigo paralítico.
Por outro lado, a Bíblia também fala sobre um outro homem, em João 5.6-14, que por 38 anos era paralítico, porque não tinha quem o ajudasse a descer ao poço na hora em que o anjo movimentasse as águas. Por que esse homem ficou só? Será que o mundo todo era tão mal e egoísta que o abandonou ali?  A história de Marcos 2, mostra que o problema não eram as pessoas ou o mundo. Nós encontramos 2 homens igualmente paralíticos, sem ter condições de caminhar, porém um estava completamente só e outro tinha 4 amigos dispostos a tudo para estar com ele.  Talvez esse homem de João 5, fosse um homem amargurado, que não sabia receber amor de ninguém. E, pouco a pouco, acabou afastando todos dele.

O que nos afasta ou aproxima das pessoas não é nossa condição, porém a forma como reagimos. O que marca nossa história de vida não são os acontecimentos que estão fora do nosso controle, mas nossa atitude. Os dois homens tinham o mesmo problema, mas o que fez diferença no rumo de suas histórias foi a atitude de saber amar e receber amor, acima de tudo.  Outro ensinamento dessa história é que é maravilhoso ter amigos, amigos que acreditem, que creiam por nós, mesmo quando as circunstâncias dizem que o milagre não é possível. Eles caminham conosco, nos carregam no colo e nos apresentam a Jesus.

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